Traga-me, caro irmão, o meu futuro em bandejas que sobejem espinhos com flores e destinos com sabores diversos.
Traga-me, irmão, a verdade sobre o que te sibilou nos altares.
Traga-me, irmão, o que caiu sobre ti como um grande retorno.
Peço-te, irmão, traga-me os tragos que encontrou no chão das avenidas e pontes destruídas.
Leve, irmão, peço-te.
Leve os leves e deixe permanecerem os firmes que firmaram o chão de outro outrém.
Leve, irmão, os calos que deixou em mim. Não deixe-os permanecer onde não lhe cabem. Leve-os, por favor.
Leve- irmão, as tuas cores e deixe-me em um eterno preto e branco.
Deixe-me, irmão, os teus sorrisos e teus abraços apertados.
Deixe-me, irmão, as tuas olhadas, os teus disfarces, o os pedaços de ti que deixas em toda parte.
Deixe-me, irmao, os contratos não assinados, que esperam por um escrever feliz.
Deixa-me tu, irmão.
Preserve-me, irmão. Preserve-me sob à vista dos desatentos e atenta-me à tua própria vista.
Espera por mim, irmão.
Estarei aqui.
Estarei acolá.
Deixarei-o na porta.
Levarei-lhe de volta.
Conta-me histórias, irmão.
Conta-me tuas histórias.
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