Evolvendo os meus braços na inércia, agora vejo a estrada caminhar por mim e não me esperar.
É como um farol que aguarda o sol se pôr lentamente e finalmente se acender para iluminar o negro mar.
Todos esperam nesse velho porto. Todos refletem na velha luz.
Tudo se faz novo quando não se encontra mais.
O prelúdio é tocado ao fim enquanto os mais novo veem os outros despedirem-se.
A mais nova idosa grita e abraça o seu velho e amado.
Não encontro mais aquele com quem junto cresci.
Cresci para o escuro e para o ninguém. Puseram-me a ferver e serviram-me aos mais aterrorizantes fantasmas que vivos e unidos continuam a caminhar.
A floresta parecia escura e fechada quando, de longe, a avistei.
Ouviram-me?
Ouviram-se?
Ouviram-se.
Os olhos noturnos me observavam enquanto eu pensava:
Olharei para cima ou para os lados?
Os monstros assustaram-me, assustavam-me,
Decidi olhar para cima.
Encontrei-a, enfim.
Envolvi-me em seus braços.




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