Essa fossa está me cobrindo a cada instante mais.
Não me sinto perto, não me sinto longe. Apenas espero.
Não me ponho à altura. A distância da margem para o fundo que estou se torna mais viva a cada passo que morro.
Uma pedra na água.
Moro comigo mesmo. É tão difícil tornar-se consigo que às vezes não me suporto.
Ou importo.
Duas pedras bem ao fundo do rio.
Minha casa foi recoberta. O meu jardim foi reencantado com um brilho escuro e distante.
A verdade é que nada se vê. Nada se faz em meio a tantos rios congelados.
Meu castelo desabou. Meus campos floridos finalmente secaram.
E eu nunca soube o que fazer além de deixar de ver.
No momento, deixo de viver por mim. Assim, morro no momento certo e espero os outros ressurgirem.
E irei morrer. Irei morrer a cada instante. Assim, andante.
Morrerei por mim. Morrerei para mim.
Enfim, morrerei.
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