Quando as paredes da muralha me parecem mais seguras, elas
caem.
Alguém caminhava em cima apenas para derrubar. Derrubá-la em mim.
Abrir os olhos e
fazê-los brilhar.
Olhar o outro de frente não é o mesmo de olhá-lo dentro.
O olhar perde a vida e o vazio o invade, fazendo-o assim, deslocar-se.
Palavras voam e o vento as esquece de trazer.
Recebemos silêncio como resposta
às nossas perguntas. Recebo silêncio.
Quanto tempo ainda temos? Há tempo?
O amor se tornou em uma pequena luz passada de mão em mão.
Será que sabemos sobreviver pensando e guardá-lo sem agir?
Precisamos redescobrir o silêncio. Preciso redescobrir.
Algo
se desfez. Nunca soubemos refazer.
Eu nunca soube.
O amor foi reencontrado na esquina, abandonado e silenciado
por mim. Bati à porta e fugi. Fugi do que se mostra.
Morremos por amor.
Continuamos vivos.
Estamos prontos para morrer?




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