sábado, 27 de outubro de 2012

Há tempo?



Quando as paredes da muralha me parecem mais seguras, elas caem. 
Alguém caminhava em cima apenas para derrubar. Derrubá-la em mim.

Abrir os olhos e fazê-los brilhar.

Olhar o outro de frente não é o mesmo de olhá-lo dentro.
O olhar perde a vida e o vazio o invade, fazendo-o assim, deslocar-se. Palavras voam e o vento as esquece de trazer. 
Recebemos silêncio como resposta às nossas perguntas. Recebo silêncio.

Quanto tempo ainda temos? tempo?

O amor se tornou em uma pequena luz passada de mão em mão. 
Será que sabemos sobreviver pensando e guardá-lo sem agir?
Precisamos redescobrir o silêncio. Preciso redescobrir. 
Algo se desfez. Nunca soubemos refazer. 
Eu nunca soube.
O amor foi reencontrado na esquina, abandonado e silenciado por mim. Bati à porta e fugi. Fugi do que se mostra.

Morremos por amor. Continuamos vivos.

Estamos prontos para morrer?

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