sábado, 27 de outubro de 2012

Amargo como és



Sorrisos alheiam passeiam ao redor. Fitam-os com um ar de ignorância.
Pontos caem fora do lugar, mentes se alegram em não restar o que ser. 
Mentes se entristecem em não restar o que ser.

O temporal chegou. Há provisões suficientes para manter nossa infelicidade?
Um grande penhasco nos separa do que realmente somos ou pretendemos ser, falsamente ser.
Grandes portões abertos e pequenas janelas fechadas.
O gosto amargo.

Intrigante és tu, ó alma. Ninguém nunca soubera um dia sequer, conhecê-la verdadeiramente.
O nó que nunca fora desfeito. Algo se agrada em apertá-lo e sufocar alguém um pouco mais.

Nunca restara tempo. Nunca houvera tempo.

Os pássaros esqueceram-se de cantar nesta manhã. Lágrimas alheias passeiam ao redor.

O tão doce gosto amargo

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