sábado, 27 de outubro de 2012

Estrelas que caem na mão



Algo ali me espera, vendo se consegue me alcançar nessa tão grande ladeira. Ou se me influencia a cair.

As estrelas caíram na mão de quem se foi, deixando os restos dos sonhos de todos por realizar. 
Que brilho intenso me veio do farol. Que tristeza não ter olhos para ver. Que tristeza não saber enxergar.
Homens caem ao chão por brincadeira. Crianças se perdem e não sabem voltar.
Arriscar-se sem nada falar.

O quarto abriu as portas para as aranhas plantarem livremente o seu lar. O banquete desta noite está servido. Somos o jantar.

A íris encheu-se de tristeza. 
A noite sussurrou: Nunca mais haverá sol.
As estrelas caíram registrando sonhos a realizar.
Arriscar-se sem nada para por em risco.

As estrelas caíram ao chão, as estradas saíram do lugar. Quem nelas seguia, perdeu-se. Perdeu o respirar. Perdeu-se o olhar. Perdeu-se de si.
Nada sobra,  continua-se no chão.

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