Trazido em paz por dois únicos seres: o que é, e o que nunca houve.
Os dois o carregaram por grandes montanhas de majestade inferior ao nível do mar.
Há muito havia sido abandonado em seu palácio em uma noite fria qualquer. O destino o salvou, o tirou de lá.
Apenas se ouviu o que foi preciso.
O olharam por cima querendo entender quem ele de fato era. Apenas o sorriso.
Os olhares cheios de ultraje contra ele o fizeram pensar.
Não posso pertencer a mim, apenas me esconder e esperar me tornar no outro.
Parece que ninguém o ouvia, apenas sorria contra ele.
Desconto não terás do teu reino!
A alma da vingança se tornará em uma arma e o dom da vida te ferirá!
Sempre ouvia as urrantes ameaças.
Nada podia o conter.
Ele precisava ver o líquido rubro descer ao chão.
Era apenas um viajante pobre com sede de fazer.
Ninguém conseguia ouvir a sua voz.
Ele apenas guardava o último grito.
Conte com o seu instinto refeito.
Clame com suas dores com o seu próprio pesadelo.
Então, finalmente encontrou o que não queria.
Um olhar lançado ao outro e logo mal podia evitar.
Seu pulso lhe entregou e o olhar se tornou repleto.
Apenas queria ver sua luz olhando a luz do sol.
Olhar o seu reflexo nas bordas do mar...
A vingança é minha e a vida do outro preciso provar.
Não me ouve? Apenas sorria com o meu sorriso.
Preciso ir, a lua mal pode esperar.
Lábios encontrados. Um "adeus" em forma de "até logo".
É o que se esperava.
A noite caminha, o lobo uiva.
Finalmente a hora chega.
Os arbustos, as muralhas, o castelo.
Tudo conspirava para o absurdo último passo.
O sono inimigo o fez pensar como o faria.
Voou para dentro dos seus átrios e simplesmente feriu.
O sabor amargo descendo pela espada o fez sorrir.
Logo, um outro som.
O ventre furado.
Um olhar para trás.
Um sorriso com maldade.
Sorria com o meu sorriso.
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