quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Entre o que é o que se vê


O caráter não é tão real e o que se vê é apenas o resto de um falso paraíso.
As questões estão todas carregadas de incertezas.
As respostas geram mais e mais interrogações.
Os finais nem sempre se revelam fiéis à sua natureza.

A falta de simplicidade nos tornou mais humanos, fazendo com que a sua ausência viesse a cada dia  acrescentar-nos o reflexo elidido.

Olhemos nossas escolhas.

Corre-se o risco de não se estar paralelo ao chão.
Não encontramos o perdido por parecer um valor alheio ao nosso.
O muro continua de pé, olhando os temores de todos.
Os dissabores formados por um órfão de um mundo abstrato continuam a machucar.
Não restam intervalos entre a poça d'água e o copo cheio dela.
Olha-se o horizonte com o intuito de desvendá-lo. Mas não há o que se ver além.

Enquanto olha-se além, perde-se o controle de si.
Os espaços estão cheios de olhares vazios.
Perdem-se em meio aos estridentes ruídos do vento.
A nota de cem caiu da mão do menino e o córrego a levou, até torná-la em um valor menor.

Raízes não pertecem à essência.
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