terça-feira, 4 de setembro de 2012

A caixa


A caixa está fechada, parece que a esquecemos em qualquer lugar.
O seu conteúdo continua sendo uma grande incógnita.
Não passamos de nada se não sabemos desvendar seu conteúdo.
Não cabe a nós continuar essa implosão.

A caixa está esquecida entre dois postes velhos, quebrados.
O que há dentro do ser? 
Não é preciso se pressionar, apenas ter pressa em entender.

A caixa está mais vazia a cada dia.
Ela nos observa e não conseguimos fazer o mesmo.
Não sabemos mais questionar os nossos ideais.
Nunca soubemos.

Precisamos acordar.
Não estamos em uma guerra contra a sociedade.
Não somos um exército de pessoas contra a formação de pensamentos.
A caixa continua ali, parada.
Por que a ignoramos?

Tiramos o chapéu para a formação inexata de ideologias inconstantes.
No fim, apenas o fim.

Notas enroladas em envelopes com o fundo falso.
O que mais se pode tirar?
Nosso conteúdo é tão previsível, e mais ainda transitório.

Ali se encontra a caixa, parada.
Não aprendemos a desvendá-la.

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