As estações estão todas reunidas em um só lugar.
Precisamos
correr para logo pegar o próximo trem.
O trem me mostrou as belas paisagens que muitos não veem. Eu
não sabia como contar os horizontes. É preciso?
O que fazer quando se sabe o que fazer? O que fazer quando
não sabemos como fazer? O que fazer se pra se fazer, é preciso algo a mais ser
feito?
A doce fumaça branca tempera o céu. A criança acena com os
seus bracinhos frágeis. O homem bem vestido sorri enquanto lê o seu livro sem
título aparente.
O caminho revestido de incontáveis trilhos.
É o que se tem de vir. Vemos o que nos tem. Deixamos ir o
que não precisou ser preso a nós.
Conceder a mão da noite ao dia.
Remediamos nossos passos falsos e esperamos a próxima vinda
do trem da madrugada. Ali começa a dor do nosso dia.
Estamos no meio do vagão e só não sabemos se queremos ficar,
voltar ou nos rastejar para o próximo espaço.
Algum dia aprenderemos a andar no trem em movimento?
A hora é tarde, despeço-me. Meu trem chegou.
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