domingo, 15 de julho de 2012

Rubro


Aqui estamos, aprendendo a desaparecer feito pedras e areia, consumando esse ato.
Muitos falam sem voz alguma. Enquanto outros, nunca tiveram voz para falar

Será que se aprendermos a fechar os olhos, a memória desconcertante ainda nos virá?

Enquanto o ato é feito, apenas o alívio por não ter mais com o que olhar frente, vendo o que está atrás.
O Poder traz à tona a falsa justiça e fortalece o que em outros tempos, seria impensável.

Somente por ter que evitar o precoce, o ato se torna compreensível?

A vida e a morte são duas coisas totalmente imiscíveis.
Principalmente quando trocamos uma por outra.

Apenas há flechas sujas e mãos culpadas.
A alma manchada com a cor escura.

Enquanto o inocente cai, há apenas rubro.
Somente rubro.

A flor precisa do carinho do sol.
Sua poda nunca foi justificável.

Eles precisam de voz.
Temos que aprender a ser.

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