A casca só nos acolhe por não conhecer o que vai nela habitar.
O interno sempre foi muito mais sujo, mesmo expondo estar longe de toda a lama.
Preferimos usar a falta de verdade como um escudo.
Assim aprendemos a nos proteger enquanto derrubamos o outro por extinto.
Como animais brutos, derrubamos o amigo.
E damos o braço pra atirar no crânio.
O que está exposto vai ficar durante muito tempo na sua zona de conforto.
O ser vai preferir ficar sozinho, amando o que ninguém pode ver, mas ao mesmo tempo, construindo a cada dia sua ruína.
Nunca aprendemos a ser o que se é pra ser.
Só sabemos expor, de maneira esquiva.
Enquanto palavras destroem caminhos, o deserto continua seco.
Nada se assemelha.
As folhas secas que encontram o chão tendem a ficar mais frágeis com o tempo.
Parece o mar, mas é só o ceu.
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