Sei, amigo eu, que por fim estou livre de todas as correntes velhas que me prendiam.
Bem falei para mim que apenas poucas coisas me impediam de provar o céu.
Finalmente a luz caiu em mim. Finalmente a lua foi-se para não mais voltar.
Passei, caro eu, a entender que anjos fitavam-me a cada passo. Deixei aquele lado dormir.
Confiemos no verdadeiro. Alegremo-nos no Seu olhar.
O céu finalmente recebeu-me com azul. Esse, amado eu, foi o mais doce dos presentes.
Presentes que se dão e se entregam a ninguém.
Querido eu, já não tardo mais em ouvir o doce som.
Sinto-me perto, mesmo parecendo longe.
Sorrisos conforme o mel.
O temporal assusta os outros. Mas não a nós, doce eu.
Chuva.
Sol.
Sol.
Sol.
Encontro-te hoje, eu.
Estando aqui ou ali, encontro-te.
Me cante, eu.
Me cante.
Vou no teu mar, eu.
Vou em tuas pontes, eu.
Irei me cantar.
Irei me cantar.
Irei te enfeitar.
Não há correntes enquanto converso comigo.
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