quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Neve


Os movimentos pararam e se entregaram em meio aos fins.
A falta de percepção se desfez e tudo ficou claro.
O consciente foi refeito enquanto o que restava se tornou desnecessário.
As respostas viraram seus antônimos.

caindo.
caindo.

O monte continua parado, mas decidimos esquecer.
O que faremos quando o outro já está no chão? 
Continuaríamos a arruinar um ao outro se ainda restasse um pouco.

O chão está gelado.

Não sabemos usar, de fato, os artifícios que nos são oferecidos.

A neve cai, o branco toma conta.
O olhar se torna mais e mais humano e a frieza vira o seu calor.

O chão está gelado.

Precisamos nos ouvir ou nos calar.
A temperatura continua a baixar e não sabemos exatamente a razão.
O frio cai enquanto invertemos os valores.

A neve está caindo.

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