Não consigo expôr todo o meu ser.
Prefiro guardá-lo em uma caixa e esperar o tempo deteriorá-lo.
É como uma pequena formiga: trabalha, trabalha, trabalha e após algum tempo é esmagada sem algum gesto de piedade.
Minhas páginas irão ficar amarelas e esperar o tempo consumir todas as palavras em uma antropofagia inexistente.
O tempo irá deixar marcas, até não sobrar espaço para as mesmas.
Falar.
Gritar.
Pensar.
E se nada adiantar?
E se o resto dos poemas forem todos jogados em um esgoto cheio de lixo do resto de uma sociedade?
Assim irei ficar.
Assim irei ouvir.
Assim irei...
Mais uma vez, o resto das sobras não importa.
Apenas uma parte do livro velho que me tornei.
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