Enquanto o sol se põe apenas nos lençóis, espero atravessar a rua entre carros parados.
Há sapatos sem cadarços, a rua no meio da rua;
Gente que não quer saber de viver, apenas desviar o olhar e limpar os pratos.
Sabe-se ser quando não há mais sentido. Envio. Reenvio.
Envio no sentir, saber no falar.
Quantas árvores foram derrubadas para formar o barco?
Quantos abraços ainda faltam para nos ver?
A sombra do que somos nos enviou ao passado, fazendo com que o que é apenas deixa de ser.
Sentidos procurados em velhos e poucos passos, ouvindo a voz da voz dizendo aquilo que não se sabe ouvir.
O que não se sabe ouvir?
Enquanto irei partir daqui, tentarei continuar a parar.
Aprender a ouvir nos fará falar.
Nos fará?
Enquanto o céu fica escuro eu apenas sei olhar.
Não consigo dizer se um dia vou aprender a admirar.
Outros passos nos encontram enquanto não sabemos o que é.
A sombra do que são nos envia ao passado, fazendo com que o que é apenas deixa de ser.
Sentidos procurados em velhos e poucos passos, ouvindo a voz da voz dizendo aquilo que não se sabe ouvir.
O que não se sabe ouvir.
Quem não sabe ouvir?
Enquanto irei partir daqui continuarei a parar.
Aprender a ouvir nos fará falar?
Partirei sem remédio ou anestesia
Aprendendo a ouvir sem saber falar.
0 comentários:
Postar um comentário