terça-feira, 2 de outubro de 2012

Devaneio


Passos curtos.
As flores esqueceram seus perfumes, mas continuam a expor sua beleza incomparável.
Esqueci a luz do quarto acesa. O chão do corredor se tornou tão frio de repente.
Hoje a chuva está forte.
Risquei a parede da sala e descansei.

Aprendeu-se tão rapidamente a pegar o horizonte com as mãos.
O abraço que se sente no frio.
Talvez alguém consiga levantar o que insiste em ficar jogado ao chão.

A tarde caiu depressa e esquecemos a porta aberta.
Sorrisos na calçada e fotos velhas no jardim.
Pequenas corridas e passeios além.

A música que aparenta ser feita por muitos, no fim é composta por apenas um.
Segurando na mão de quem está sem.

Encontro com o distante na esquina a cada dia.
Não consigo cumprimentá-lo, apenas mostrar que eu pertenço a ele mais do que a mim.

Quando finalmente encontrarmos o topo do monte conseguiremos nos encontrar.

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