quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Entre dois


Caminhando e esperando a hora chegar, ensaiando a cena em frente a um espelho qualquer.
Não há nada que nos faça lamentar verdadeiramente.
Verdadeiramente, lamentar se tornou em uma imensidão de nada.

Não é possível encostar os pés no chão.

Os corais entoam de maneira mais intensa as vozes que caminham entre o fim e o início.
Todos escolhem o lugar que preferem habitar. Ou escolhem de que lugar querem fugir.

Vivemos a falta de esperança por não ser ou simplesmente por deixar de existir.
Panos curtos não te protegem do calor do sol.

Nos encontramos presos em cima do muro que divide o que precisamos e o que queremos.
Qual lado é preferível cair?

Aparentemente, os dois são reais.
Ficamos com um, deixamos o outro esquecido.
Esquecemos o outro no asfalto, ficamos ao lado do outro.

Não é possível enconstar os pés no chão.

Olhamos dentro.
Vivemos fora.

Sabemos nos encontrar?

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