Caminhando e esperando a hora chegar, ensaiando a cena em frente a um espelho qualquer.
Não há nada que nos faça lamentar verdadeiramente.
Verdadeiramente, lamentar se tornou em uma imensidão de nada.
Não é possível encostar os pés no chão.
Os corais entoam de maneira mais intensa as vozes que caminham entre o fim e o início.
Todos escolhem o lugar que preferem habitar. Ou escolhem de que lugar querem fugir.
Vivemos a falta de esperança por não ser ou simplesmente por deixar de existir.
Panos curtos não te protegem do calor do sol.
Nos encontramos presos em cima do muro que divide o que precisamos e o que queremos.
Qual lado é preferível cair?
Aparentemente, os dois são reais.
Ficamos com um, deixamos o outro esquecido.
Esquecemos o outro no asfalto, ficamos ao lado do outro.
Não é possível enconstar os pés no chão.
Olhamos dentro.
Vivemos fora.
Sabemos nos encontrar?
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