quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mar


Hoje vi o mar.
Me lembrei de quando me sentava com o olhar atento e impressionado do imenso.
Passei a correr em minha infância, usando e forçando a memória para me ver refletido na água.
Parei no meio de mim, com furtivos devaneios e imediatas recordações com alma de filme velho.

Percebi quão pequenos somos.
Corremos em um imenso vazio e continuamos parados, calados.
É só o gosto salgado na boca.
O oceano parece imenso quando nos damos conta de que o que resta é ser um grão de areia.

Seu sorriso me fez falta.
Minha mão esperando o seu aperto, aguardando o apontar ao vento.
O olhar se deparando que estava só.
O sol batendo e seu abraço.
Tudo se resumia a ali

Olha o céu!
Consegue ouvir o som do mar aqui dentro?

Sorrisos.

Procurei voltar a mim, olhar a luz e me deparar onde me encontrava.
Estava em frente ao mar, ouvindo seu som salgado.
Olhei o entardecer.
Trouxe-o para mim.

Continuo sentindo.

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