As folhas de sua grande árvore estão caindo pelo chão.
Busco-as.
Sinto o toque simplesmente ouvindo sua voz.
Ao decorrer dos meus passos, me prendo cada vez mais.
Sentindo.
Ouvindo.
Sentindo.
É como buscar a prensença de um membro do corpo que já não há.
Tentar brincar com os dedos que foram cortados.
Arrancar seu coração e jogá-lo no meio de uma longa estrada.
Cortar o céu com uma faca cega.
Sentir.
Irei correr atrás das folhas e sobreviver em baixo da árvore sem sombra.
Ver o mundo de cima.
Apodrecer com o vento que sobrevive durante o passar de tudo.
Prefiro ouvir sua voz e sentir seu toque.
Ao me prender, decorrem-se mais passos.
Irei sentir apenas as doces folhas secas em minhas mãos.
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