Cá estou eu, de pé, de frente, falando-me a vós o que vós não precisais saber de mim.
Minha voz estendida ao chão passa-me por mim e conta quantas vezes caí-me aqui.
Infinito é o meu lugar.
Acerto-me a mim e conforto-me à voz. À voz de minhas doces lembranças.
Sem teto me abrigo em minhas mãos. Elas pouco me foram. Elas muito fizeram.
Procuro-me em meio à multidão de mim. Todas as vezes parecem-me a minha ser.
Ser-me-á requerido ouvir melhor. Ou ficar surdo a mim.
Cá estou eu, de pé, de frente, apresentando-me a vós que não precisais de mim.
Um dia eu estive aqui.
Aqui um dia estarei.
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